Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

vivendo e aprendendo

partilha de experiência de vida a nivel geral. Divagar sobre pintura,poesia,história e sobre a sociedade em que vivemos.

vivendo e aprendendo

partilha de experiência de vida a nivel geral. Divagar sobre pintura,poesia,história e sobre a sociedade em que vivemos.

BOM DIA SOL

 

 

 

 

 

La fora o sol sorri, oferecendo o seu convite para que saiamos de dentro das paredes que nos abrigam do frio.

Ha no recorte das arvores nuas, altas e esguias, contra o azul suave do ceu, uma certa contradicao.

O ceu mente, mostra uma primavera que nao `e verdade.

As arvores sao verdadeiras, sentem, sofrem a dureza deste Outono que, sem dó nem piedade, lhes levou as vestimentas, expondo-as `a chuva e ao vento, assim mesmo, sem enfeites, na sua essencia.

As arvores sao como nos, reais, palpaveis.

O ceu é imaginario, irreal, é uma ilusao optica proporcionada pelo infinito do espaco. Haverá sentir no infinito?

 

Bom...seja como for, olhando atraves da vidraca, apetece vestir um bom agalho e ir caminhar la para fora, saborear o sol.

 

O Inverno esta quase a chegar e o Natal vem atras dele.

 

Este ano trazem com eles uma certa apreensao envolta em misticismo.

Pouco sei sobre o assunto, mas parece que o mundo vai acabar no dia 21. 12. 12.

Previsoes dos Maias, ou dos astrologos, nao sei muito bem.

 

O que eu sei é que esperei pelo fim do mundo na era dos tres noves, ou seja 1999.

Desde crianca que ouvia as pessoas falar sobre o assunto.

Cheguei até a fazer contas de cabeca, bastante atemorizada, para perceber que idade teria quando o mundo acabasse. 

 

Nao me venham com estorias, deixei de acreditar nesta gente das previsoes.

Nam....nam....nam....a mim ja nao me convencem.

 

Agora se me falarem de conjuntos de numeros, que, va-se la saber porque, sao azarentos, isso ja `e outra conversa.

Esses efeitos ja eu os senti na pele.

 

Quando pela primeira vez os meus olhos viram escrita a data 07.07.07, instantaneamente todo o meu corpo se arrepiou, e o meu coracao ficou em alvoroço.

Percebi que algo de mau aconteceria nesse dia, que ainda vinha distante.

Pensei que pudesse ser uma catastrofe natural, ou um ataque de terrorismo, qualquer coisa do genero.

Com o meu habitual cepticismo, atirei para tras das costas, que `e como quem diz, esqueci.

Nada nesse dia fazia prever que no dia 07.07.07, a morte bateria `a minha porta, para levar, sem nenhuma razao, uma das minhas queridas filhas.

Nesse malfadado dia sete de Julho, logo pela manha, tive outros sinais, mas nao os soube interpretar, com a devida antecedencia.

 

Somos seres imperfeitos, ha muita coisa que nao podemos compreender, nem a nossa propria existencia.

 

Quero apenas frisar, para quem quiser acreditar, que nao sou uma charlatona, com pretensoes a bruxa ou outra coisa qualquer.

O que senti, senti mesmo, nao `e invensao.

Quem me conhece sabe que nao acredito em nada que nao seja palpavel, portanto nao `e treta, nem ilusao minha.

Aconteceu....foi real....mas infelizmente, nao soube descodificar.

 

A minha filha chama-se Susana, e tinha `a data do acidente, que a vitimou, 31 anos.